Uma doce logística com o Brownie do Luiz

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Depois de desembarcar em São Paulo por meio de empórios e lojas revendedoras, a marca carioca Brownie do Luiz ganha casa própria na região da Vila Madalena

por Roberto Queiroz

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Lucas Quinderé: custos logísticos caíram de 22% para 3,5%.

Funcionando também como centro de distribuição para cerca de 100 pontos de vendas de portes variados na Grande São Paulo, a Brownie do Luiz abriu sua primeira loja própria na capital paulista. Como produtos, a loja conceito irá oferecer, além do brownie tradicional, variações do produto e até uma versão vegana.

Para atender essa demanda crescente, a doceria montou uma estrutura bastante ágil de distribuição. A loja, inicialmente concebida como Centro de Distribuição, acabou tendo sua proposta reformulada e foi transformada também em ponto de degustação. Lucas Quinderé, diretor de Operações, que montou a empresa junto com seu irmão Luiz, dono da receita, conta que seis meses depois de começar as vendas atendendo pelo Rio de Janeiro, achou melhor optar pelo ponto em São Paulo.

“O brownie mais caro era o que não chegava”, conta Lucas, referindo-se ao início da operação. Nesses primeiros meses, uma complicada logística representava 22% dos custos. Agora, um caminhão pequeno chega do Rio de Janeiro com os pedidos já preparados e, pelo sistema de cross docking, repassa as caixas para duas Fiorino, que fazem a entrega final. O esquema bem ajustado reduziu os custos com logística para apenas 3,5%.

Produzido no Rio de Janeiro, cada brownie tem validade para 20 dias. Considerando traslado e distribuição, o comerciante tem 18 dias para concretizar suas vendas ao cliente final. “Como não aceitamos troca, nossos clientes não aceitam o produto com mais de dois dias de fabricação”, explica Quinderé.

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Nova loja do Brownie do Luiz na Vila Madalena.

Por essa razão, as equipes de vendas são bastante dinâmicas e, quando ocorre algum desajuste no pedido, rapidamente cria alguma promoção. Um exemplo recente disso foi um evento fechado em que foi feito um pedido para duas mil unidades. Como sobraram quase 500, foram rapidamente transformados em peças de degustação para evitar o retorno.

O mercado paulistano exige a vinda de um caminhão de entregas às terças, quartas e quintas, enquanto a distribuição local é feita às segundas, quartas e sextas. O principal cliente do Brownie do Luiz é a Eataly, rede internacional com lojas em Milão e Nova Iorque, seguida pela Rede Marché.

“Não entendo de São Paulo”, comenta Lucas, “mas entendo de mapa, de estatística”. Por conta disso, organizou sua distribuição concentrando as entregas para a região do ABC paulista na segunda-feira. Os pedidos da Rede Marché são entregues às quartas-feiras e os demais, bem polarizados, são atendidos às sextas-feiras.

Brownie_do_LuizCada Fiorino chega a atender 25 pontos por dia. Um sistema de controle indica em tempo real se é mais compensador despachar uma entrega por moto ou pelo furgão. Na 4ª feira, dia de entrega nos mercados, o furgão sai com ajudante que, em caso de fila ou demora na entrega, fica com o pedido na portaria, enquanto o veículo parte para a próxima entrega e depois volta para buscá-lo.

O Brownie do Luiz já está em sua quarta configuração de fábrica, acompanhando a expansão do mercado, e produz cerca de 40 mil quilos/mês. A linha de produção foi desenvolvida em formato U, para agilizar os processos. O estoque de matéria-prima fica em silos no segundo pavimento, alimentando a linha por meio de funis.

Fotos do Brownie do Luiz

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Brownie do Luiz com receita da Bela Gil.
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Creme de avelã do Brownie do Luiz.
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Brownie do Luiz.

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