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Antes tarde do que ainda mais tarde. Finalmente, o caminhão elétrico Tesla Semi entrará em produção e isso acontecerá ainda em 2021!
Apresentado em novembro 2017 como um caminhão a frente de seu tempo, o Tesla Semi já não é exatamente uma novidade, afinal, todos já nos acostumamos com o seu visual diferentão e compramos a promessa de um desempenho avassalador. Agora, o produto vai para a vida Real após atrasos sucessivos de desenvolvimento, testes e calibragem de tecnologias.
Particularmente, acho muito legal ver projetos que prometem uma disruptura com o status quo da indústria, principalmente a de caminhões estadunidenses, que é bastante conservadora e pouco inovadora em termos de design e isso eu já expliquei em outros vídeos do Canal MTED.
Mas, também fico ansioso e torcendo para que os casos de explosões registrados nos carros da Tesla não aconteçam nos caminhões Semi. Afinal, a confiança na marca foi, ligeiramente, abalada com ocorrências de vítimas fatais, inclusive.
Segundo informações extraoficiais divulgadas pela Electrek, as últimas etapas para iniciar a produção do caminhão elétrico estão sendo executadas. Inclusive, a linha de produção do eixo motor está pronta. O Tesla Semi será montado na nova fábrica perto da Gigafactory Nevada, que terá capacidade instalada para produzir cinco unidades semanalmente até o final do ano.
Também de acordo com a Electrek, a Tesla deverá absorver as primeiras unidades para suas operações logísticas e os primeiros clientes, que já compraram o modelo na pré-venda, começarão a receber os seus caminhões na sequência. A PepsiCo, por exemplo, já conta com o recebimento de 15 Tesla Semi para rodar na Califórnia.
São dois anos de atraso de acordo com o cronograma divulgado por Elon Musk, que prometeu o lançamento comercial do Tesla Semi para o final de 2019 durante a apresentação do modelo em 2017, período em que já começou a aceitar pedidos das empresas interessadas em eletrificar a frota. Aliás, atraso se tornou sinônimo de Tesla, já que outros produtos e tecnologias da empresa tem enfrentado os mesmos problemas de atrasos em desenvolvimento e lançamento. O próprio Elon Musk já reconheceu que soluções como a de condução autônoma são mais complexas do que ele imaginava no momento de suas promessas.
Em junho deste ano, o braço direito do Elon Musk na liderança do negócio de caminhões elétricos, Jerome Guillen, pegou o chapéu e pulou do barco. Ele trabalhava com Musk desde 2010.
Na ocasião do lançamento do Tesla Semi, em novembro de 2017, Elon Musk disse que seu caminhão de classe 8 poderia transportar até 40 toneladas de cargas e que seu motor elétrico teria autonomia de até 1.000 km com uma única recarga. Naquele momento, o Tesla Semi era comercializado por valores de US$ 150 mil a US$ 180 mil.
Segundo o site da Tesla, o Semi é o caminhão mais seguro e confortável de todos os tempos. Ele é equipado com quatro motores independentes nos eixos traseiros que fornecem potência e aceleração máximas, sendo capaz de acelerar de 0 a 60 milhas por hora, que equivale a 96 km/h, em apenas 20 segundos. Normalmente, esse tipo de informação não é nada relevante, afinal, caminhão não é feito para correr e nem disputar arrancadão, mas serve para explicar ao público que os motores elétricos fornecem torque máximo imediato.
O modelo entrega duas possibilidades de autonomia, de 300 milhas, que correspondem a 482 quilômetros, ou, 500 milhas, que significam 804 quilômetros. Se tratam de excelentes capacidades operacionais com uma única recarga, considerando os produtos disponíveis no mercado, atualmente. Mas, mais uma vez, Elon Musk não consegue entregar sua promessa, dessa vez, de que o Semi teria 1.000 km de autonomia.
Tanto o Grupo Daimler, que tem a Mercedes-Benz entre suas marcas, quanto a parceria Iveco-Nikola já declararam que estão trabalhando para superar a barreira dos 1.000 km de autonomia na bateria a hidrogênio.
Um diferencial bastante alardeado do Tesla Semi é o sistema de segurança do Piloto Automático, que ajuda a evitar colisões. A posição centralizada do motorista chama muito a nossa atenção e lembra os caminhões projetados pelo genial designer alemão Luigi Colani, já que estamos acostumados com o motorista posicionado do lado esquerdo do veículo. Seu centro de gravidade baixo oferece maior proteção contra capotamento.
