Utilitário ganhará nova denominação e será direcionado, primeiramente, ao setor de mineração
Da redação
O utilitário Marruá, da Agrale, obteve recentemente mais uma afirmação no mercado internacional, dessa vez na Austrália. O veículo serve de base para o Bortana EV, um utilitário 4×4 elétrico que está sendo desenvolvido naquele país para atender ao setor de mineração, mercado que vai absorver também as versões 4 x 4 Diesel RHD cabines dupla e simples.
A primeira versão do Bortana EV, montado sobre a plataforma de um Marruá AM 200 cabine dupla, foi apresentada entre 21 e 23 de maio na Austmine 2019, feira voltada ao setor de serviços e produtos de mineração em Brisbane, capital do estado de Queensland e principal hub econômico e administrativo do leste do país. O projeto do veículo nasceu de uma parceira entre Agrale, Safescape – empresa australiana de equipamentos para mineração -, e a 3ME Technology, que detém a tecnologia do sistema elétrico utilizado, também da Austrália.
No lugar do motor Cummins diesel que equipa o Marruá AM 200, a Safescape instalou um propulsor elétrico com potência equivalente a 184cv, desenvolvido pela 3ME Technology. Com um conjunto de baterias de 50 kWh, o veículo será capaz de rodar até 150 km com uma carga.
No caso do Bortana EV, a Agrale exportará a plataforma do Marruá desmontado e prestará o apoio nas questões técnicas e de engenharia para o empacotamento dos componentes. Já para as versões 4×4 Diesel RHD cabines dupla e simples, a empresa exporta e participa com o know-how do veículo. Ambas as versões serão testadas por grandes mineradoras e, aos poucos, serão introduzidas em segmentos como Forças Especiais, Bombeiros e resgate médico, entre outros.
O público que conferiu o Bortana EV na Austmine 2019 impressionou-se com a robustez e características técnicas do Marruá. O veículo tem cabine em aço galvanizado, quadro do chassi como elemento selado, para maior resistência a torções, e suspensão forte e robusta. Para operar nas minas subterrâneas e profundas que caracterizam o território australiano, o fato de não emitir poluentes e ruídos é condição determinante para melhorar a qualidade de trabalho em espaços confinados e em grandes profundidades.
