Al-Ko cruza fronteiras e invade a América do Sul

AL-KO

Fabricante de peças para reboques entra no programa da Anfir com a Apex para expandir seus horizontes

por Roberto Queiroz

Arndt_Budweg_CEO_da_ALKO
Clique na foto e assista a uma entrevista exclusiva com Arndt Budweg, CEO da AL-KO, com informações complementares a essa matéria. A partir dos 4 minutos e 43 segundos.

Inaugurando sua linha própria para a produção de eixos para reboques, de 500 kg a 3,5 toneladas em dezembro, a Al-Ko do Brasil, subsidiária da empresa alemã do mesmo nome, já vem tomando medidas para expandir seus mercados também fora do país. Arndt Budweg, CEO da empresa sediada em Atibaia, próxima a São Paulo, anuncia que fará parte de missão comercial ao Equador agora em março, promovida pelo programa Anfir/Apex.

Esse suporte tem auxiliado a Al-Ko na identificação de distribuidores e representantes locais, como no Peru e Panamá. O mercado industrial, inclusive voltado à mineração, com reboques para geradores e compressores, vem trazendo os primeiros resultados. O Chile é o mercado de exportação mais forte da marca, enquanto a Argentina, em crise, não vem trazendo as respostas que se esperava.

A programação de montar a linha de eixos estava definida desde a chegada da empresa ao mercado, em julho de 2017, para atender as categorias O1 e O2. Explicando que a categoria de 3,5 a 10 toneladas, muito forte na Alemanha, não existe no Brasil, Budweg comenta que o perfil da Al-Ko, na América Latina, é “vender mais eixos do que reboques completos”. Algumas implementadoras de semirreboques de pequeno porte já estão consultando sobre fornecimento, o que pode criar novas fontes de receita.

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Na Brasil, a AL-KO atua somente com componentes para reboques. Na Alemanha, a empresa possui produtos de alta tecnologia e chega a produzir até Chassis Elétricos para as vans Street Scooter e Mercedes-Benz Sprinter, por exemplo.

Enquanto a planta de Atibaia já começa a dar novo perfil à atuação da empresa, com flexibilidade e produção sob demanda, a matriz passará a fornecer acessórios. Há cinco anos o executivo já vem atendendo mercados na América Latina, inicialmente como representante da matriz. A partir de agora, com a produção local, pretende ampliar o peso da exportação, “começando pelos países vizinhos e, em breve, superar a barreira dos Andes. ”

Estrutura

Dentro de um ambiente de negócios mais propício, Budweg acaba de contratar dois representantes de vendas e mais um terceiro, este especificamente para o segmento de caravanismo, que dá sinais de expansão. “Com isso, deve crescer também a venda de chassis”, aposta o executivo, que confirma acordos com quatro distribuidores. Além de São Paulo, a marca é representada em Manaus, Goiânia e, em breve, na região Sul. Essa estrutura deve proporcionar o suporte necessário a uma expansão de 50% nas vendas, prevista para 2019.

Os eixos representam cerca de 80% do faturamento da Al-Ko, que apresenta como novidades em produto os eixos de torsão e o freio inercial mecânico. “O mercado brasileiro adota o freio hidráulico, que aciona sozinho na marcha à ré, criando dificuldades. Além disso, a instalação do freio mecânico é mais rápida e fácil”, assegura. Outra aposta válida de Budweg afeta os eixos com rolamento blindado, indicados para uso na água, e guinchos.

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