Brasil precisa tratar tema da renovação de frota com seriedade

Marco_Borba_Ricardo_Alouche

por Roberto Queiroz

Durante o evento de lançamento do novo Iveco Hi-Road, em Minas Gerais, Marco Borba, vice-presidente de Vendas & Marketing da Iveco Trucks & Buses Latin America, pediu um tratamento mais sério do governo à questão da renovação de frota. O executivo acha que não basta os órgãos do governo dizerem que não tem verba ou que não querem pagar a conta.

No almoço de final de ano da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas, comentou que o exemplo do Rio de Janeiro, que teve seu programa de renovação por 4 anos, deveria ser estendido. Senão nacionalmente, poderia ser testado regionalmente em mais estados, e cresceria por adesão. Nominalmente, o projeto foi detonado pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), que disse não querer essa responsabilidade de fiscalizar o sistema, e pelo ministério da Fazenda, que só quer receber, mas não quer apostar em nada. Mesmo que ao final a conta feche no azul, no início seria preciso abrir mão de alguma receita.

Borba volta a criticar a postura do governo, dizendo que o Brasil está na contramão do resto do mundo. Aqui, quanto mais velho e mais poluidor, menos imposto o caminhão paga e o custo é elevado somente na compra e licenciamento do novo. Deveria ser o contrário, como estímulo à renovação. Caminhão velho pagaria mais e o novo teria isenções, como na Europa. Do jeito que está, Euro VI só vai trazer custos para a indústria, que precisa investir, e para o consumidor final, que terá de arcar com o custo de aquisição mais elevado.

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