MWM ganha sobrevida em motores para mercados não eletrificados

MWM Santo Amaro

A MWM perdeu mercado na última década por não ter se preparado para os novos tempos. A fabricante de motores não costumava investir em pesquisa e desenvolvimento por conta própria, mas por encomendas. Por exemplo, eu tenho uma montadora e vou lançar um caminhão e preciso de um motor. Dessa forma, eu posso ir no mercado em busca de acordos com quem já produz motores ou eu posso encomendar e bancar todo o desenvolvimento de um motor próprio. Era esse o caso da MWM.

O fato é de que desde que a International Navistar assumiu o controle da MWM, uma série de decisões equivocadas enfraqueceu a operação da empresa no Brasil, que voltou a prosperar há cerca de dois anos com o novo negócio de grupos geradores. De toda forma, o Grupo Traton não precisa da MWM para atender as demandas e necessidades na produção e desenvolvimento de motores a diesel. Dentro do Grupo Traton, os motores Scania Super devem equipar, progressivamente, as marcas Scania, MAM, VWCO e International.

Visto como patinho feio e desinteressante dentro do grupo, a MWM só resta encerrar as suas atividades, o que não vai acontecer, ou encontrar um novo dono. Nesta linha, uma empresa já se encontra em negociações avançadas para assumir o controle da MWM no Brasil e o negócio pode ser selado no último trimestre de 2022.

Por fim, outro fator que pode determinar o futuro das operações da MWM é que enquanto mercados desenvolvidos como o europeu e o estadunidense se preparam para a eletrificação dos novos veículos, a demanda por motores a diesel para o segmento de reposição ou mercados menos desenvolvidos poderá ser absorvido pelos fabricantes de motores instalados no Brasil.

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