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A Scania participará de um importante estudo de viabilidade para a operação de caminhões elétricos de longa distância utilizando carregamento dinâmico fornecido por cabos aéreos em estradas elétricas.
Tá ligado no conceito do trólebus? Em que o ônibus circula em rotas regulares conectados a cabos acima do veículo? Pois bem, essa pode ser uma das soluções para se atingir a tão sonhada autonomia para grandes trechos rodoviários.
Este será o primeiro estudo desse tipo a ser realizado no Reino Unido, com o objetivo de demonstrar a prontidão da tecnologia para um lançamento nacional. Para tanto, foi elaborado um consórcio envolvendo a Scania, como fornecedora do caminhão a ser experimentado, a Siemens Mobility, Costain, The Center for Sustainable Road Freight (ligado as universidades de Cambridge e de Heriot-Watt), ARUP, Milne Research, SPL Powerlines, CI Planning, BOX ENERGI e Possible.
O consórcio propôs um sistema rodoviário elétrico usando a tecnologia Siemens Mobility ‘eHighway’, como a rota mais rápida, com menor teor de carbono e mais econômica para descarbonizar a indústria britânica de frete rodoviário e entregar um ar mais limpo. O estudo terá duração de nove meses e está pronto para começar neste mês de agosto e espera-se que seja o precursor de um esquema que visa cobrir as principais rodovias do Reino Unido servidas por linhas aéreas até 2030.
O estudo faz parte dos £ 20 milhões que o governo britânico reservou para testes de transporte rodoviário com emissão zero de acordo com o recém-anunciado Plano de Descarbonização de Transporte (TDP). O Departamento de Transporte concedeu financiamento ao consórcio por meio do Innovate UK, que faz parte do UK Research and Innovation, um órgão financiado pelo governo do Reino Unido.
Como em estudos semelhantes na Alemanha, Suécia e Itália, essas rodovias permitem que caminhões se conectem aos cabos aéreos e funcionem usando eletricidade, de maneira semelhante aos sistemas ferroviários e trólebus. Os caminhões da Scania vêm equipados com uma bateria que carrega enquanto eles estão em movimento para que possam se desprender para ultrapassar os veículos e chegar ao destino final com zero emissões do início ao fim.
Com esse tipo de infraestrutura disponível, espera-se um desenvolvimento mais rápido da eletrificação do transporte rodoviário de cargas no Reino Unido. Outra vantagem é que a tecnologia está pronta e não precisa de grandes investimentos para conseguir uma maior autonomia de bateria, o que deve tornar seus custos economicamente mais viáveis.
Seja qual for o projeto, seja qual for a parte do mundo, sempre a investimentos públicos em infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento junto com universidades locais. Soma-se a isso, os esforços das indústrias envolvidas na cadeia de transportes. E o Brasil, enquanto isso, vai ficando para trás nos temas ambientais…
