Scania vende lote de 300 caminhões para o G10

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Operadora paranaense concretiza a maior compra de sua história num mesmo ano, fechando com 300 unidades dos modelos R 500 6×4 e R 450 6×2, da nova geração Scania

Da redação

Depois de superar o volume de 7.000 unidades vendidas de caminhões de sua nova geração, a Scania confirma a negociação de um lote de 300 unidades com o G10, de Maringá (PR). Os modelos customizados como ideais foram o R450 6×2 e o R500 6×4, conforme atendimento feito pela Casa Scania P.B.Lopes. As entregas ao conglomerado de transportadoras já começaram e seguirão ao longo do segundo semestre. Foi definida a entrega de 190 unidades para a Transpanorama e outras 110 divididas entre as demais empresas (Transfalleiro, Cordiolli, Rodofaixa e VMH Transportes).

O Grupo G10, de Maringá, PR, criado em 2000, está entre as cinco maiores empresas do transporte rodoviário do Brasil. Com base em mais de 90 cidades, o grupo é formado por cinco empresas independentes e conta com uma sede onde estão as respectivas matrizes, dois pátios de triagem, além de unidades distribuídas pelos seus principais pontos de embarque. O G10 possui mais de 2.000 motoristas e cerca de 1.700 caminhões, entre graneleiros, baús e tanques. O G10 se junta à Amaggi como os maiores compradores da nova geração de caminhões da marca.

“No caso da Scania, em 2018, o agronegócio representou cerca de 40% do total vendido de caminhões. Para 2019, queremos aumentar esta participação, ” afirma Silvio Munhoz, diretor Comercial da Scania no Brasil. “A economia de diesel de até 12%, em relação à linha anterior, está fazendo a diferença no dia a dia dos clientes. ”

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Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 .

Segundo Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama, os primeiros lotes recebidos estão surpreendendo as empresas do Grupo. “Comprovamos que a economia de diesel é maior do que da geração anterior, como foi prometido pela Scania”, conta.

Adamuccio revela que a escolha de um produto e uma marca para o G10 são definidos por três pilares. “O primeiro é o econômico, pois na conta do transporte o combustível é o campeão no custo total. O segundo é o conforto da cabine, pois a mão de obra está escassa e precisamos oferecer condições para reter o motorista. O terceiro pilar é a maior disponibilidade de horas do caminhão. ”

O lote de 300 unidades foi a maior compra de caminhões num mesmo ano da história do G10. “A quantidade explica nosso otimismo para 2019. Estamos expandindo os negócios. Abriremos 10 unidades de embarque do G10 e mais quatro para a Transpanorama, movimentos que aumentarão o faturamento. No G10, planejo crescer 17% e na Transpanorama projetamos um acréscimo de 17% no faturamento. ”

Hoje, o G10 tem um mix diversificado em sua atuação, carregando grãos, postal/e-commerce, aço, combustíveis, fertilizantes, sementes, produtos de higiene e limpeza e alimentos. Sua divisão do faturamento está em 35% para postal/e-commerce (entregas para os Correios), 35% nos grãos, 10% em combustíveis e os outros 20% divididos respectivamente.

Os modelos R500 6×4 são indicados para atuar em longas distâncias e rodarão com  rodotrens graneleiros de 25 metros, com capacidade para transportar até 49,5 toneladas de grãos. Os caminhões estão equipados com freio auxiliar hidráulico Retarder de 4.100Nm. Já os R450 6×2, bastante versáteis, também serão utilizados em longas distâncias, nas demais aplicações que o G10 atende.

Aproximação

O empresário teve seu primeiro contato com a nova geração Scania em 22 de agosto de 2016, em Paris, no lançamento mundial realizado pela matriz. “Tive o privilégio de conhecer o engenheiro-chefe do projeto e ele me deu muitos detalhes do produto”, comenta. Depois, houve um segundo contato quando a Scania antecipou dois motores da nova geração, nas potências 510 e 450cv, ainda em veículos da linha antiga, mas já com o novo sistema XPI, de múltiplas injeções. “Compramos os primeiros modelos a sair da linha em fevereiro de 2018. No total, adquirimos 170 caminhões e já fomos comprovando a maior economia de diesel. “

Essas 300 unidades chegam tanto para expansão como para substituição da frota, e revelam otimismo com a melhora da economia e do mercado. “Um pouco destes três ingredientes. Em 20 anos, não deixamos um ano sequer de comprar caminhões, mesmo com as crises econômicas brasileiras ou mundiais. Mas, reduzimos os volumes entre 2014 e 2017, no período da última crise e, em 2018, aumentamos um pouco a quantidade. Em 2019, com o mercado aquecido, voltamos com tudo e precisei aumentar e substituir a frota para compensar os menores volumes dos anos passados.

Frota_G10Em sua visão de negócios, enxerga que o setor de transportes vive uma modernização de gestão. E que a nova conta a ser feita envolve o custo total da operação, a escolha da solução ideal para a aplicação, o custo por km rodado e a idade média da frota. “Hoje, as margens de lucro estão muito mais ajustadas. A informação está mais fácil e temos muitas ferramentas de gestão. O maior custo é o diesel e, o segundo, o motorista. Se compro um veículo que consome mais e não é confortável, estou colocando minha operação em risco. Um motorista que não está satisfeito com o produto pode não dirigir tão bem e aumentar os gastos com manutenção,” comenta.

A renovação de frota com produtos atualizados é vista como fundamental para quem quer sobreviver no mercado de transportes de cargas e sua receita envolve “ter a operação com muita tecnologia, custos extremamente enxutos e verdadeiras parcerias de negócio. Não vejo uma má gestão sobrevivendo no futuro.”

Em Paris, em 2016, no lançamento da Nova Geração da Scania, Adamuccio assistiu uma palestra com a federação local de transportes. “Lá, as empresas já não sobrevivem apenas com o faturamento do frete, das margens do transporte. Se a transportadora não tiver um Centro de Distribuição, acordos de coletas e distribuição e armazenagem para cuidar do ciclo completo, não sobrevive. Tenho que antecipar tendências para continuar saudável no mercado”, receita.

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