Um curto passeio ida e volta São Paulo/Valinhos, com jornalistas convidados, foi a forma escolhida pela Scania para apresentar sua nova geração de chassis equipados com tecnologia Euro 6, que estreou há apenas três anos na Europa. O grupo rodou em um K410 6×2, encarroçado com Marcopolo.
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Até podem aparecer algumas avaliações, mas ninguém foi autorizado a dirigir, até porque o carro estava com placas verdes. É possível notar uma certa força de aceleração, eficiência de frenagem e fatores como ausência de ruído em movimento e trocas de marcha sem ruído ou solavanco. Mas, fora isso, a viagem foi boa para teste de “dormibilidade”…
A nova linha, que contempla os modelos da Série K (motor traseiro), será apresentada ao público na Lat.Bus & Transpúblico 2022, evento de mobilidade urbana que será realizado nos dias 9, 10 e 11 de agosto no São Paulo Expo (SP).
Se antigamente a montadora se apresentava como fabricante de ônibus, agora ela amplia o pacote incluindo, além do produto, serviços, eficiência energética, tecnologias avançadas e viáveis, e sistemas eficazes para uma moderna e rentável gestão da operação.
A Nova Geração de Ônibus Scania atende aos requisitos obrigatórios de metas de controle de emissões da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), ou equivalente à lei europeia Euro 6, conforme a resolução 490, de novembro de 2018, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A Norma entrará em vigor em 1.º de janeiro de 2023.
“Os novos modelos estarão disponíveis numa vasta gama de trens de força e vão proporcionar até 8% de economia de combustível em ônibus rodoviários – sendo 7% do motor XPI Euro 6 e 1% da caixa automatizada Scania Opticruise –, e de até 10% nos urbanos, sendo 7% do motor XPI Euro 6 e 3% da caixa automática ZF EcoLife 2. Além de baixos níveis de emissões e de ruídos”, diz Celso Mendonça, gerente de Vendas de Soluções de Mobilidade da Scania no Brasil.
As principais novidades da Nova Geração de ônibus da Série K Scania são: motores com sistema de injeção múltipla XPI e lay shaft brake (troca de marchas 45% mais rápidas), evolução do sistema de segurança ADAS e novos sensores (alertas de ponto cego e de pedestres), atualizações das caixas de câmbio Scania Opticruise (rodoviários) e ZF EcoLife 2 (urbanos), chassi mais leve, novo eixo traseiro direcional do urbano de 15 metros com sistema eletro-hidráulico, rodoviário 8×2 com 500cv (maior potência do mercado) e área do motorista redesenhada e aprimorada (painel, volante e pedais).
Já em serviços, a Scania traz a manutenção com planos flexíveis (redução no custo de reparos em até 25%), o Control Tower (até 30% de diminuição no tempo de parada) e o Scania Zone (monitoramento mais personalizado da frota e que permite controlar a média de velocidade em trechos críticos).
O período de abertura de compras ainda não será revelado e os primeiros modelos vão começar a ser produzidos e entregues a partir de janeiro de 2023. A montadora sabe que, a exemplo do que ocorreu na implantação do Euro 5, em 2012, os clientes vão insistir na aquisição de veículos da legislação atual até onde for possível, ou março de 2023, para fugir dos aumentos de custos dos novos veículos.
As soluções Scania disponibilizam chassis de configurações de rodas 4×2, 6×2 e 8×2 (linha rodoviária) e 4×2, 6×2*4 e 6×2/2 (linha urbana). As motorizações, que podem ser abastecidas com diesel, HVO ou biodiesel, são de 9 e 13 litros, de 5 e 6 cilindros, trazem novas potências de 320, 370, 410, 450 e 500 cavalos (rodoviários) e de 280 e 320cv, para os urbanos. Também há as opções de 280cv e, agora, de 340cv (antes era de 320cv) nas pioneiras versões movidas a gás (natural e/ou biometano). Os torques variam de 1.350Nm a 2.550Nm.
Os chassis Scania a gás não requerem alterações significativas nos projetos das carrocerias. As instalações dos cilindros de gás podem ser feitas entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) ou sobre o teto. Caso seja necessária uma autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros.
Os motores Scania Proconve P8/Euro 6 trazem melhores resultados em virtude da introdução do sistema XPI, que possibilita melhor eficiência da combustão com pontos múltiplos de injeção, independentemente da rotação do motor, e garante menor emissão de poluentes e de ruídos. O sistema de tratamento de gases permanece o SCR (Selective Catalytic Reduction ou Redução Catalítica Seletiva), com o uso do reagente ARLA 32, e que passa a ter um filtro de particulado para atender a lei Conama P8.
O propulsor de 9 litros tem na robustez o seu grande diferencial. Trata-se de um motor de 5 cilindros que proporciona máxima potência e maior capacidade de carga com um menor consumo de combustível. O bloco 13 litros, de 6 cilindros, segue a filosofia Scania de baixa rotação e alto torque, indicado para operações de longas distâncias.
Na linha rodoviária, a caixa de transmissão automatizada Opticruise ganhou uma atualização do software e elevou em 1% sua economia de combustível. Outra novidade relevante é o Opticruise com o lay shaft brake, um sistema de freio de atuação no eixo secundário da caixa, que torna as trocas de marchas 45% mais rápidas e suaves, e aumenta consideravelmente a resposta do motor. Ele já é um sucesso na Nova Geração de caminhões da marca.
Na gama urbana, a caixa automática ZF EcoLife 2 chega para agregar até 3% de economia de combustível. Com melhorias significativas, o novo câmbio tem a função “Start/Stop” (Liga/Desliga) e desgaste reduzido devido ao aperfeiçoamento do sistema de refrigeração. Para ambas as caixas de marchas existem três tipos de modos de condução: econômico, padrão e potência.
