Alemanha na vanguarda na utilização da tecnologia do Hidrogênio

Alstom-Hidrogênio

Da redação 

O ceticismo em relação à operação de trens movidos a hidrogênio passeava entre os cientistas até pouco tempo. No entanto, esta já é uma realidade na Alemanha desde o ano passado. Em palestra durante a Conferência Mundial de Energia do Hidrogênio (WHEC 2018), o alemão Klaus Bonhoff, da NOW GmbH – uma organização governamental que coordena o programa de tecnologia do Hidrogênio – falou sobre o primeiro trem do mundo movido a esse gás.

Em parceria com o grupo industrial francês Alstom, a Alemanha começou a operar esse veículo sem ruído e sem emissão de poluentes em dezembro de 2017. O trem pode atingir 140 km/h e transportar 300 passageiros. Segundo Bonhoff, o país prevê a circulação de 160 trens a hidrogênio até 2019.

Bonhoff aponta as vantagens das pilhas de combustível a hidrogênio em comparação com o diesel e as baterias. Ele reforça que, devido à maior disponibilidade do gás, seu baixo nível de ruído, sua durabilidade e a emissão zero de poluentes, “não há como pensar no futuro sem hidrogênio”.

Para Bonhoff, a eletrólise da água é a tecnologia chave do futuro. Ele afirma que, devido à versatilidade desse modo de obtenção do hidrogênio, o gás poderá ser produzido a preços mais baixos e, com isso, ser mais competitivos.

Por isso, nos últimos dez anos, o país vem investindo 710 milhões de euros em produtos e infraestrutura do hidrogênio. A Alemanha conta hoje com 50 estações de abastecimento do gás – esses postos são ainda um dos maiores desafios pelo mundo quando se trata desse combustível – e, segundo Bonhoff, as previsões apontam para 1000 estações até 2030. Outras iniciativas citadas pelo alemão foram os serviços de entrega com vans sem emissão de CO2 e a previsão do uso de hidrogênio em aviões de curta distância.

Segundo Bonhoff, pelos próximos 10 anos, o gás receberá financiamento de 2 bilhões de euros da indústria e 1,4 bi do governo federal.

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