Recomendação das empresas especializadas em inspeção de segurança veicular é para que se procure companhias auditadas pelas autoridades de trânsito
Da redação
Uma estimativa da Angis, Associação Nacional dos Organismos de Inspeção, indica que apenas 27% da frota de veículos escolares do Estado de São Paulo passam por inspeção nas ITLs, as chamadas Instituições Técnicas Licenciadas. O restante se submete apenas a uma vistoria meramente visual sem o rigor e a especialização técnica das ITLs.
O dado é alarmante e Jeferson Molina Lopes, presidente da ANGIS, ainda destaca “o agravante de que a exigência para que as inspeções sejam feitas nas ITLs só vale para a cidade de São Paulo”, onde existem 16 estabelecimentos credenciados. No restante do estado, quem realiza as inspeções (que se resumem apenas à parte visual) são as Ciretrans – Circunscrições Regionais de Trânsito, ou algum órgão municipal local conveniado com a Ciretran.
O artigo 106 do Código de Trânsito Brasileiro e a Resolução do Contran nº 632/2016 atribuem às ITLs, com exclusividade, a atividade de inspeção de segurança veicular, mediante a expedição do Certificado de Segurança Veicular.
Em função dos riscos envolvendo crianças e adolescentes, Molina Lopes acredita que “deveria se tornar obrigatória a realização de uma completa e eficiente inspeção para detectar e corrigir falhas e defeitos nos veículos”. A recomendação expressa dos dirigentes da Angis é para que as inspeções de toda a frota de veículos utilizados no transporte escolar sejam feitas apenas nas chamadas Instituições Técnicas Licenciadas (ITLs).
Essas empresas possuem instalações apropriadas e são dotadas de equipamentos adequados e devidamente calibrados, para a realização de inspeções em freios, suspensão, sistema de direção, verificação de folgas, faróis e demais componentes importantes dos veículos.
Para o presidente da Angis, o ideal seria que todos os veículos escolares que atuam em municípios distantes até 50 quilômetros de uma das 56 ITLs existentes no Estado de São Paulo, passassem a fazer as inspeções nesses estabelecimentos. Se isso fosse feito, estima-se que, nada menos que 85% dos veículos escolares existentes no Estado seriam tecnicamente inspecionados, reduzindo os riscos de acidentes.
