Mercedes-Benz em campanha contra assédio sexual de mulheres no transporte

COLETIVO DE RESPEITO - MB (84)

“Coletivo de Respeito” busca sensibilizar a sociedade para uma mudança efetiva na realidade das mulheres no dia a dia dos transportes coletivos. Canal de denúncia e acolhimento será coordenado pelo Projeto “Justiceiras”, que presta atendimento online nos âmbitos jurídico, médico, psicológico e socioassistencial

A Mercedes-Benz do Brasil abriu mais uma frente de ação, seguindo seu compromisso de ouvir as vozes das estradas e das ruas, por meio da campanha “Coletivo de Respeito”, que conta com vários parceiros e busca sensibilizar a sociedade para uma mudança efetiva na realidade das mulheres no dia a dia dos transportes coletivos, especialmente nos ônibus.

Para isso, o acolhimento e proteção às vítimas serão feitos por meio do trabalho desenvolvido pelo Projeto “Justiceiras”, organização que atua no combate à violência contra a mulher. O primeiro contato para denúncia ou busca por apoio será feito por meio de um canal exclusivo e criado especialmente para importunação sexual de mulheres nos transportes coletivos.

Toda a gestão do canal de denúncia e dos acolhimentos será realizada pelas voluntárias do Projeto “Justiceiras”, que prestará atendimento online multidisciplinar nos âmbitos jurídico, médico, psicológico e socioassistencial. Desde 2020, as “Justiceiras” já atenderam mais de 13.500 vítimas, contando para isso com aproximadamente 15.000 mulheres voluntárias cadastradas. “Esse projeto é fruto de mais uma iniciativa de colaboradores da nossa Empresa, que encontraram nas Justiceiras a parceira ideal para este propósito”, afirma Kathrin Pfeffer, CFO da Mercedes-Benz América Latina.

O Coletivo de Respeito conta com a contribuição financeira de R$ 1,8 milhão da DEG, subsidiária da KfW Bankengruppe, da Alemanha, um dos bancos de fomento líderes e mais experientes do mundo. Outros parceiros são a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK São Paulo), Assobens, Basf, Fabus, Mirow, NTU, Rödl & Partner e T-Systems. Considerando horas de coordenação, contratação, governança, recursos internos de Marketing e outras atividades, a Mercedes-Benz do Brasil contribuirá com o equivalente a R$ 1,4 milhão, sem envolvimento de valor monetário.

O Coletivo de Respeito é também mais uma campanha que reforça as ações da Empresa voltadas para o segmento de ônibus no Brasil. Com base no posicionamento “Pensando no coletivo. Pensando no futuro” e numa forte atuação nas redes sociais, a Mercedes-Benz busca mobilizar os diversos players do segmento de ônibus – empresas de transporte, gestores, parceiros e passageiros – para a busca permanente de soluções de mobilidade, de responsabilidade social e de compatibilidade ambiental, para hoje e para o futuro. Outros exemplos são as campanhas “Vá de ônibus. Vá seguro” e “Eu uso, eu cuido” nas redes sociais.

O Projeto Justiceiras foi idealizado em 2020 pela advogada especialista em Direitos das Mulheres e ex-Promotora de Justiça, Gabriela Manssur, também fundadora do Instituto Justiça de Saia e com experiência de mais de 20 anos na área. Ela também é conhecida por ter cuidado do caso João de Deus.

Para facilitar o acesso ao Sistema de Justiça e à rede de proteção para todas as meninas e mulheres em situação de violência e vulnerabilidade no Brasil e para brasileiras no exterior, o Justiceiras criou um canal de denúncias online, rápido e eficaz, além de um sistema de atuação multidisciplinar para prevenir e combater todas as formas de violência de gênero e garantir o acesso ao Sistema de Justiça, sem precisar sair de casa. A ação das Justiceiras se dá por meio de um atendimento multidisciplinar – 15 mil voluntárias nas áreas jurídica, psicologia, socioassistencial, médica e rede de apoio e acolhimento online e gratuito.

As ações de defesa estão mais do que justificadas. O Brasil é o 5° país do mundo com maior índice de feminicídios. Cerca de 97% das mulheres passaram por situações de importunação sexual em transporte público no Brasil (2019). A cada 7 segundos uma mulher sofre violência física. E 51% das colaboradoras MBBRAS que responderam o questionário já sofreram assédio no transporte público e zero reportaram suas informações para as autoridades.

A Dra Gabriela Manssur acrescenta que dados como esses precisam ser divulgados e combatidos. E diz que a Justiceiras estão perfeitamente aptas a atender a demanda por esse tipo de auxílio, que deve crescer bastante à medida em que o atendimento for se tornando mais conhecido. Os ônibus urbanos devem rodar com avisos de QR Code, capturados por celular, com as orientações para as primeiras providências.

×
×

Carrinho