por Gustavo Queiroz
Infelizmente, o setor de ônibus foi um dos mais afetados negativamente pela pandemia do Covid-19. A acentuada queda na produção chegou a 36,5% durante o primeiro semestre de 2020, com apenas 8.931 unidades ante 14.064 ônibus produzidos no mesmo período de 2019, de acordo com a publicação Novo Economia em Foco, da CNT.
Segundo a Confederação, se trata do pior desempenho do mercado em 21 anos, já que, em 1999, foram montados 7.740 ônibus no Brasil. O volume de licenciamentos de ônibus, por sua vez, foi de 5.716 veículos (queda de 40,6% em relação ao primeiro semestre de 2019).
Para o presidente da CNT, Vander Costa, o resultado da produção e das vendas de veículos pesados no Brasil reflete o impacto da pandemia do novo coronavírus na atividade transportadora. “As pesquisas sobre os efeitos da crise da covid-19 que temos realizado com os transportadores mostram que a pandemia atingiu fortemente o setor, e que as expectativas das empresas para os próximos meses ainda são cautelosas. As empresas estão com baixa capacidade financeira e com dificuldade para conseguir crédito, fatores que repercutem diretamente no mercado de veículos pesados. Esperamos que, com a retomada da atividade econômica no segundo semestre, esse cenário desfavorável seja revertido.”
