Da redação
O dia 16 de novembro entrou para a histórica da ciência e da humanidade. A redefinição do quilograma, unidade que sustenta o sistema mundial de pesos, deixa de basear o valor do quilograma em um artefato físico para ser definido por uma constante da natureza.
Entretanto, não se preocupe. O valor do quilograma segue sendo o mesmo e sua vida em nada mudará. O novo sistema métrico atende a ideologia da metrologia do século XIX através de unidades de medida “Pour les temps, pour les peuples”, que significa “para todos os tempos, para todas as pessoas”.
A adoção de artefatos físicos que representam as unidades de medida atrasou a nova classificação. Durante 129 anos, o quilograma foi definido como o peso do Protótipo Internacional de Quilograma (IPK, sigla para International Prototype Kilogram). Trata-se de um pequeno cilindro de platina-irídio guardado dentro de um cofre em Paris.
Agora, a medida do quilograma contempla um cálculo baseado na Constante de Planck, denotada como h, apontado como sendo a menor quantidade de energia possível.
Outras três unidades de medida foram redefinidas na mesma ocasião: o ampere, o kelvin e mole, que também passam ser consideradas constantes da natureza.
Quem foi que mudou isso?
A votação que alterou a definição de quilograma de um artefato físico para uma constante da natureza foi feita pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas (Bureau international des poids et mesures ou BIPM), em Versalhes, na França.
A expectativa é de que a nova definição de quilograma impulsionará as medições de alta precisão para um novo patamar.
