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O que aqueles para-choques enormes, conhecidos como mata-vaca aqui no Brasil, fazem nos caminhões australianos? Até já vimos isso em alguns caminhões em diferentes países. Mas, por que lá na Austrália parece que todos são equipados com esse bullbar (mata-vaca)?
Muitos caminhões são equipados com os Bullbars porque a Lei australiana permite isso e ainda determina um padrão de produção e instalação a ser seguido. O equipamento deve seguir a forma do veículo ao qual está instalado e não ter saliências voltadas para a frente e nem bordas afiadas.
Atualmente, a East Coast Bullbars é o fabricante líder de produtos de proteção frontal na Austrália. Os Bullbars da East Coast são feitos com uma liga de alta tensão. As barras de liga são geralmente mais leves, o que significa que você pode colocar o equipamento sem precisar fazer ajustes de suspensão. Mas, se o peso exceder, como no caso das barras de aço, que são mais pesadas, o dono do caminhão deverá fazer um upgrade na suspensão de seu pesadão. Outra desvantagem é que as barras de aço são menos flexíveis e a taxa de absorção do impacto em relação as barras de liga é bem menor. O aço é, tradicionalmente, o tipo de material mais popular utilizado num bulbar.
Simplificando, os bulbars são mais seguros em caso de acidente, pois o impacto da energia e dos danos diminui significativamente devido às zonas de amassamento e, por isso, as pessoas dentro do veículo sofrem menos choques e ferimentos. A instalação de barras de proteção não apenas reduz os impactos das zonas de deformação, mas, também, representa uma significativa melhora na segurança das pessoas.
Outra situação que comprova a importância do uso dessas barras se refere ao atropelamento, tanto de pessoas, quanto de animais silvestres. Na Austrália, como sabemos, há muitos cangurus e, frequentemente, eles estão cruzando as estradas e provocando acidentes, justamente, porque não há forma segura para que estes animais atravessem uma rodovia de um lado para o outro. Mas, graças, ao Bullbar, a vítima de um atropelamento não é projetada para o capô ou o para-brisa do veículo, reduzindo a gravidade do acidente para quem atropelar. Para a vítima, a gravidade dos ferimentos e o risco de fatalidade aumentam em 50% nos acidentes com atropelamento, segundo dados do Vic Roads, que é o departamento de transportes do governo local. Estudos mostram que atropelamentos em velocidades de até 60 km/h podem não ser fatais. Mas, bastam 30 km/h para um veículo com bulbar para matar uma pessoa.
Os automóveis dos civis não possuem essa obrigação, mas as viaturas policiais e ambulâncias também devem ser equipadas com essa barra. O objetivo é reduzir os danos aos veículos em casos de colisões, bem como proteger as pessoas. Essas barras de proteção podem empurrar outros veículos para fora da estrada, como numa situação de perseguição policial.
Mesmo não sendo obrigatório, muita gente instala a barra por efeitos estéticos ou por uma sensação maior de segurança, sendo que o governo australiano desestimula a instalação nessas circunstâncias. A instalação de uma barra não apropriada pode encobrir os faróis do veículo. O uso dessas barras também protege os veículos contra arbustos em trilhas fechadas.
