Linha VM ganha opção como betoneira mais leve

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Volvo VM Light Mixer é cerca de 900 kg mais leve e pode transportar até 1m³ a mais de concreto 

por Roberto Queiroz

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, a construção civil tem apresentado números surpreendentes em 2020 e o setor vem crescendo mês a mês. Em agosto, o nível de atividade teve índice similar ao de 2011, um dos melhores da década. Reflexo da atividade, o mercado de betoneiras também registra crescimento, com alta de 58% nas entregas de jan-set, segundo dados da Anfir, Associação Nacional de Fabricantes de Implementos.

Aproveitando os ventos favoráveis, a Volvo, tradicional fabricante de caminhões vocacionais, aumentou consideravelmente este ano as vendas de veículos para a construção, com expressiva participação de mercado. O segmento vem apresentando uma evolução positiva desde o segundo trimestre. No acumulado de janeiro a agosto, a montadora vendeu 154% a mais que no mesmo período de 2019, resultado quase três vezes superior ao crescimento do mercado como um todo, que alcançou uma expansão de 61% na mesma base de comparação.

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Volvo VM Light Mixer

A participação da Volvo no segmento de vocacionais para a construção aumentou 6,5% desde o início do ano, chegando a quase 18% (17,8) em agosto, ante os 11,3% de participação registrados nos primeiros oito meses de 2019.

A nova versão traz diversas alterações em relação ao VM 8×4 tradicional. Somadas, elas possibilitaram redução da tara do caminhão de 8.820 kg para 7.920 Kg, ou seja, 900 kg a menos. O projeto também envolveu uma parceria com implementadores. O primeiro VM Light Mixer recebeu uma nova betoneira Liebherr, também com ganho em peso. A tara total do conjunto baixou quase 2.500 kg, para apenas 11.650 kg, possibilitando transportar até 1 m³ a mais de concreto, dentro da lei da balança.

O chassi da linha VM é produzido com ligas especiais de aço LNE60, mais leves e resistentes. No VM Light Mixer, a Volvo optou pela distância entre eixos mais curta, de 4.550mm,  para melhor distribuição de peso na betoneira.

Outro diferencial do VM Light Mixer é o 4º eixo direcional dianteiro. “Projetamos um eixo direcional que diminui o arraste dos pneus e permite manobras em raios curtos, comuns em canteiros de obra”, assegura Valério. O 4º eixo é um projeto Volvo, instalado no veículo já na linha de montagem, com garantia de fábrica e sem adaptações. Opcionalmente, esse eixo pode ser equipado com sistema suspensor, para trechos em que o caminhão roda vazio ou em eventuais manobras.

O propulsor de 270 cv é conhecido na linha VM, e está acoplado a uma transmissão manual de 9 marchas, mais leve. Nesta aplicação, a Volvo não aplica a automatizada I-Shift. Opcionalmente o motor pode receber escape vertical, para operações em terrenos mais acidentados.

Concebido para operações de transporte entre usinas de concreto e obras em centros urbanos, o Volvo VM Light Mixer é equipado com cabine curta, apresentando todos os itens de recente face-lift.

Externamente, o modelo traz para-choque em aço, mais leve, e tem faróis com desenho similar ao das versões rodoviárias da linha VM. O conjunto ótico tem luzes diurnas em LED, uma característica de segurança e identidade normais na marca.

Mesmo com os novos para-choques a suspensão elevada do modelo garante um ângulo de ataque grande, indicado para operações fora-de-estrada.

Vocacionais

O aumento nas vendas está relacionado a diferentes modelos de VMs vocacionais, normalmente para trajetos dentro das cidades: desde os veículos 6×4 implementados com betoneira que abastecem as obras, passando por caminhões 6×2 para caçambas que transportam areia e detritos, até outros modelos 4×2 e 6×2 normalmente usados para carregar tijolos, cimento, tubulações e outros materiais de construção das lojas para o cliente final.

Embora construção ainda não tenha voltado ao nível pré-pandemia, os negócios com veículos vocacionais continuam crescendo em todas as regiões. A Volvo, por exemplo, já vendeu mais caminhões VM 330cv e 270cv para o setor de janeiro a agosto deste ano do que no em todo o exercício de 2019.

Vários indicadores dão sustentação ao otimismo do setor. O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getúlio Vargas avançou 3,7 pontos em setembro, atingindo 91,5 pontos. A percepção é de recuperação da atividade e de crescimento nos negócios, o que reflete na melhoria das expectativas.

Já os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo atingiram R$ 11,7 bilhões em agosto, um aumento de 8,3% em relação a julho e de 75% na comparação com igual mês de 2019. O volume financiado em agosto foi o maior, em termos nominais, em toda a série histórica deste 1994. Na Confederação Nacional da Indústria, o índice de evolução do nível de atividade na construção registrou 51,4 pontos em agosto.

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