Toyota, Nissan e Honda se unem para construir postos de hidrogênio no Japão

Bomba_de_Hidrogênio

Da redação 

As três grandes fabricantes de automóveis do Japão (Toyota, Nissan e Honda), se juntaram numa parceria para acelerar, nos próximos dois anos, a construção de 80 postos de abastecimento de hidrogênio.  Este foi um dos exemplos com que Edson Orikassa, gerente da Toyota Brasil e presidente da Associação Brasileira de Energia Automotiva, ilustrou em sua palestra sobre a sociedade baseada no hidrogênio na WHEC 2018.

Para adotar o hidrogênio como combustível alternativo, é preciso ter uma infraestrutura, uma rede de distribuição própria. Países mais desenvolvidos, como Japão, EUA e alguns da Europa, já estão construindo esta infraestrutura própria.

O Japão está na frente. Estipulou como meta 800 mil veículos e 900 postos de hidrogênio até 2030. Os “três grandes”, como são conhecidos Toyota, Nissan e Honda, formaram, com outras 11 companhias, a Japan H2 Mobility, que elaborou um plano de dez anos para montar esta infraestrutura. Postos espalhados por todo o Japão vão ajudar a disseminar a energia do hidrogênio entre o consumidor e baratear o preço dos carros movidos a pilhas de combustíveis.

O Mirai, que significa “futuro”, em japonês, da Toyota, é um exemplo desta corrida pela energia limpa. Lançado no Japão em dezembro de 2014, foi o primeiro carro movido a hidrogênio e células de combustível a chegar às concessionárias. Com 6 mil exemplares, o Mirai é o mais vendido entre os modelos a hidrogênio e tem autonomia de 650 km.  Leva aproximadamente três minutos para ser abastecido enquanto o carro elétrico leva, em média, oito horas.

A meta da Toyota chegar a 30 mil unidades anuais até 2020, dez vezes mais do que as 3 mil produzidas ano passado.  Quanto mais vendido, mais barato fica, afirmou o gerente da Toyota Brasil.

Desde que começou a ser desenvolvido, em 1992, o tamanho e o custo do carro foram reduzidos significativamente, enquanto suas características e benefícios aumentaram.  “Os esforços para a redução de custos vão continuar”, afirmou Orikassa.

A Toyota vende o Mirai, movido a pilhas de combustível no Japão, nos EUA e em nove países europeus. Para isso, planeja montar uma fábrica de produção de pilhas de combustível na Toyota City.

Os veículos movidos a hidrogênio não se restringem apenas a automóveis. O plano da Toyota é introduzir 100 ônibus, com tecnologia semelhante à do Mirai, durante a Paraolimpíada de Tóquio, em 2020.  No mesmo ano, a expectativa é de haverá 180 empilhadeiras.

É importante disseminar tecnologia e conhecimento. Para isso, segundo Orikassa, a Toyota abrirá cerca de 5.680 patentes relacionadas à energia do hidrogênio. “Em 2030, o Japão terá sua energia totalmente sustentável e, 20 anos depois, movida a hidrogênio e livre do CO2”, acrescentou.

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