Da redação
A Scania apresentou a nova linha de caminhões V8, que incluem modelos de 530, 590, 660 cavalos e o incrível 770cv, o caminhão de série mais potente do mundo. As novidades são restritas ao mercado europeu e não há qualquer previsão de chegada ao mercado brasileiro. Mais do que qualquer estratégia de mercado ou de tempo de tropicalização dos produtos, o principal culpado para esse delay é a aviltante desvalorização do Real.
De toda forma, se trata de um lançamento da pesada e vamos destrinchar os lançamentos da Scania. De cara, a montadora confirma uma evolução na eficiência do consumo de diesel de 6% sobre a geração anterior. Mas, tal desempenho, pode ser evoluído quando a nova caixa de câmbio é incluída no trem-de-força.
A engenharia da adicionou mais de 70 novas peças no motor, que reduzem o atrito interno, proporcionam taxas de compressão mais altas, aprimorou os sistemas de pós-tratamento e aplicou um novo sistema de gerenciamento de motor (EMS).
Um caminhão de longa distância na Europa percorre cerca de 150 mil quilômetros por ano e os novos motores V8 podem proporcionar uma economia de até 3 a 4 mil litros de diesel anuais nas aplicações mais severas. Como benefício direto, há proporcional redução na taxa de emissão de material particulado. Em uma frota de novos V8, o cliente perceberá maior rentabilidade de sua operação.
Sobre o Scania V8 770 S, seu motor 770 cavalos de potência entrega e impressionantes 3700Nm de torque.
A montadora esclarece que há uma demanda global crescente por caminhões capazes de lidar com um peso bruto total combinado de 60 toneladas ou mais, para operações especiais e que a forma mais rápida de aumentar a eficiência do transporte é no uso de composições de caminhões mais longos e mais pesados.
Uma operação teste interessante aconteceu no Finlândia, perto da fronteira com a Rússia, em que um novo Scania V8 770 S transporta 76 toneladas de madeira entre uma floresta para uma fábrica de papel e celulose em Inkeroinen.
Curiosamente, o caminhão estava disfarçado com identificação de 730 cv, mas o motorista finlandês, Harri Aho, percebia que o veículo entregava mais do que a promessa. Foram meses de operação até que a verdade fosse revelada para ele: na realidade, o modelo tinha 770 cv.
“Ao transportar madeira com um veículo de 76 toneladas por esses caminhos estreitos e gelados, você precisa de motores fortes. Mas isso não é suficiente. Você também precisa de boa capacidade de partida e dirigibilidade. Você definitivamente não quer ficar preso nessas florestas”, declarou o caminhoneiro.
