Consórcio do Accelo, destaque no balanço Mercedes

Accelo

Novo plano possibilita retirada do veículo mediante antecipação de parcelas pré-definidas

Por Roberto Queiroz

Em sua reunião com a Imprensa para mostrar o balanço anual de suas atividades, aquele tipo de encontro em que a empresa anfitriã mostra o resultado de um intenso esforço de autocondecoração, com destaque para itens e números indicando como é maravilhosa, a Mercedes-Benz teve em uma releitura da modalidade consórcio a principal notícia divulgada.

E assim vai. Com o novo plano especial para a linha Accelo, o cliente pode retirar seu caminhão já a partir do 6º e até o 23º mês, por meio de antecipação de parcelas, já previamente definidas.

Igualmente importante é que, a partir do 24º mês, mesmo para contratos de 60 meses, todos os participantes têm a opção de pegar seu Accelo a qualquer momento, já sem necessidade de qualquer antecipação. Isto só é possível porque o plano tem uma cooperação inédita de uma instituição financeira, cujo nome não foi divulgado no encontro.

“Com essa novidade, oferecemos total previsibilidade de entrega do Accelo aos clientes, que podem se programar de acordo com suas necessidades e capacidade de investimento”, diz Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.

Com créditos entre R$ 140 mil e R$ 250 mil, o plano especial para o Accelo foi lançado no final de janeiro e as 120 cotas foram vendidas em apenas três dias.  “O segundo grupo já está aberto e nossa expectativa é que se esgote também rapidamente. Por isso, pretendemos lançar aproximadamente seis grupos nesse primeiro semestre”, segue Leoncini.

Crescimento em 2020

A montadora não informou se pretende estender esse mecanismo do Accelo para o restante de sua oferta em consórcio, limitando-se a comentar que cada linha de produtos tem suas próprias vantagens.

A Mercedes alcançou R$ 550 milhões em cotas de consórcio em 2019, com crescimento de 11% sobre os R$ 490 milhões do ano anterior. Foram 2.105 cotas no ano passado, 2% a mais que as 2.061 de 2018. “Aliás, para 2020, estamos trabalhando com a expectativa de 20% de crescimento em valores e também de volume de cotas”, diz.

Philipp Schiemer, presidente da empresa, adianta que “em 2020, iremos lançar dois modelos de caminhões e um ônibus, além de novos serviços e tecnologias inéditas.”

Embora o executivo não tenha detalhado essas informações, espera-se que o chassi mencionado seja um modelo rodoviário resultante da aplicação da tecnologia de produção 4.0 também aos ônibus.

No caso dos caminhões, as duas outras novidades devem atender o segmento de extrapesados, que seguem mantendo as previsões de liderança no mercado. O Atego, que tem hoje a cabine mais antiga e defasada na categoria, só trará novidades a partir da chegada do programa Euro6, com uma linha baseada no produto leve europeu, calcado no Atego alemão.

Produtos como Arocs, vendido na Argentina mas de origem importada da Alemanha, ou Antos, que poderia substituir o Axor mas com outra denominação, não chegam tão cedo.

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