VLT em São Paulo e ônibus elétricos em São José dos Campos

BYD_SkyRail

BYD presente em sistemas de mobilidade urbana em São José dos Campos e São Paulo

Da redação

A mobilidade urbana em cidades do Estado de São Paulo vai ficar mais limpa. Isso, porque a BYD vai fornecer 12 ônibus elétricos articulados para operação no corredor do projeto da Linha Verde, em São José dos Campos, em São Paulo. Na capital paulista, o Metrô assinou contrato com o consórcio BYD Skyrail para o fornecimento de 14 trens de monotrilho, além de sistemas de sinalização, portas de plataformas, entre outros itens para a Linha 17-Ouro.

BYD_busCom prazo de execução de obras de 18 meses, a primeira etapa terá 14,5 quilômetros, interligando as regiões sul e leste, passando pelo Centro. A Linha Verde terá 75 mil metros quadrados e inclui, além do corredor expresso, quatro praças ao longo do trajeto.

Os 12 chassis de ônibus articulados, de 22 metros, serão fabricados pela BYD em sua planta em Campinas (SP). “É muito importante que as prefeituras compreendam a importância e a necessidade real de fazer substituição das frotas por veículos não poluentes. Investir em mobilidade verde não só melhora a qualidade do ar nas cidades, como impacta diretamente na saúde da população”, disse Marcello Schneider, diretor da Divisão de Ônibus da BYD Brasil,

Nos trilhos

byd_skyrailA formalização do negócio, entre o Metrô com o consórcio BYD Skyrail, ocorre dias depois que a Justiça de São Paulo negou liminar ao consórcio Signalling, que havia sido desclassificado após ter feito a proposta mais barata na licitação no ano passado.

A assinatura encerra um longo capítulo que levou praticamente um ano para ser concluído, desde que o Metrô decidiu romper o contrato com o consórcio Monotrilho Integração em 20119 após várias idas e vindas na Justiça. Foi quando a companhia decidiu, em julho, desmembrar as responsabilidades dos sucessores do consórcio, separando uma licitação para obras civis e outra para sistemas.

Em setembro, o Metrô postergou a sessão pública para outubro, com três consórcios apresentando propostas, sendo dois por empresas chinesas, a BYD e a Chogqing CRRC, e outro formado por duas fabricantes brasileiras, a T´Trans e a Bom Sinal, associada a uma empresa suíça, a Molinari. O grupo fez a proposta mais baixa, mas somente dias depois, com a divulgação das propostas, descobriu-se que o Signalling pretendia usar o espólio da Scomi, fabricante original do monotrilho da Linha 17, para fornecer os sistemas.

Após uma longa análise dos documentos, o Metrô divulgou os resultados em fevereiro deste ano, desclassificando o Signalling por não comprovar capacidade técnica em alguns itens do edital, e por não ter patrimônio líquido suficiente para sua proposta, que deveria ser de R$ 127 milhões, mas não passou de R$ 58 milhões, segundo o Metrô. Tanto o Signalling quanto CQCT entraram com recursos administrativos para questionar a escolha da BYD, mas a companhia rejeitou os argumentos há duas semanas.

A BYD terá pouco mais de três anos para concluir a entrega das 14 composições de cinco vagões, além de sistemas como sinalização, captação de energia, portas de plataforma, rede de fibra ótica e equipamentos como os aparelhos de mudança de via (track-switches), veículo de manuntenção e inspeção, máquina de lavar trens e bandejamento dos cabos.

Para a BYD, o desafio está em adaptar o monotrilho SkyRail aos padrões da Scomi, que projetou as vigas-trilho, pátio e outros elementos seguindo as necessidades do seu produto, considerando que, ao contrário de trens convencionais, os monotrilhos têm diferenças maiores de fabricante para fabricante.

O primeiro trem de monotrilho deverá de ser concluído 720 dias após a assinatura da ordem de serviço. Esta, por sua vez, tem de ser enviada até 30 dias após a assinatura do contrato, portanto, a data-limite é 27 de maio, o que faria o prazo para conclusão desse trem “cabeça de série” para maio de 2022. Já a segunda composição deverá ser entregue nas instalações do Metrô 780 dias após a ordem de serviço, em julho de 2022. Claro, são datas teóricas e sujeitas tanto a atrasos quanto adiantamentos, esclarece o Metrô.

A previsão é de que o sistema possa transportar aproximadamente 200 mil passageiros por dia. A Linha 17-Ouro é, atualmente, enfrenta problemas de cronograma graves, sendo a mais atrasada da rede metroferroviária e já está em obras há oito anos.

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