Novo projeto se beneficia da tecnologia blockchain e de conceitos internacionais de sustentabilidade para a construção da primeira smart chain city da América Latina
por Roberto Queiroz
O Polo Multimodal Pecém anunciou para o segundo semestre deste ano o início das obras da primeira fase, que deixarão o empreendimento pronto para receber clientes já no primeiro trimestre de 2020. A primeira fase tem um cronograma de execução de 30 meses, que contempla a infraestrutura em área de 1.000.00 m², com a construção do núcleo de inteligência (centro de gestão e centro tecnológico) e galpões modulares.
Beneficiando-se da expansão do Canal do Panamá, em 2016, que dobrou a capacidade de transbordo dos grandes navios porta contêineres (post-panamax), o Porto do Pecém foi classificado entre as novas e principais rotas da logística global para a região. Como um desdobramento natural dessa perspectiva, o Porto de Rotterdam investiu, em outubro de 2018, US$ 85 milhões por uma participação de 30% no Complexo Industrial do Porto do Pecém, incluindo a recém autorizada ZPE (zona de processamento para as exportações), onde 27 empresas já operam com isenção de impostos e liberdade cambial.
O Polo Multimodal Pecém é um projeto 100% privado, com investimentos em torno de US$ 5,5 bi e um plano de negócios para 32 anos, ganhando importância estratégica como área retro portuária logística e industrial, para complementar as atividades do complexo industrial público de Pecém. Com mais de mais de 20 milhões de m² de área, o empreendimento será localizado a apenas 15 km do complexo industrial do Porto do Pecém e da ZPE, em São Gonçalo do Amarante, CE.
“A área do empreendimento escolhida foi estratégica, pois une o Polo Multimodal, o Porto do Pecém e a Zona de Processamento e Exportação – ZPE, criando assim uma verdadeira cadeia de inovação que envolve indústrias de vários portes e segmentos, ” avalia Sebastiano Di Ruocco, CEO do Polo Multimodal.
“Somos um projeto único na América Latina em termos de tamanho, impacto socioeconômico e volume de negócios, devido ao diferencial de estar localizado em uma área estratégica em grande desenvolvimento. Além de estar cada vez mais focado nas ambições dos grandes players internacionais, ” revela Sebastiano.
Plataforma ampla
Projetado pelo arquiteto e urbanista Alcindo Dell’Agnese dentro de avançazdos padrões internacionais em infraestrutura, tecnologia e sustentabilidade, o Polo Multimodal pretende impulsionar a competitividade das empresas através de uma infraestrutura primorosa e uma localização estratégica. O projeto em Pecém construirá uma moderna plataforma logística e industrial, para viabilizar e impulsionar a competitividade de empresas de vários portes.
A proposta do PMP é atender a demanda dos fornecedores das grandes indústrias instaladas na zona de processamento para as exportações (ZPE), de indústrias nacionais e internacionais, centros de distribuição, comércio e serviços da região e as 20 mil unidades residenciais projetadas.
Além disso, o Polo Multimodal Pecém proporciona ao hub logístico e indústrias suas soluções personalizadas e tecnologias inovadoras. Isso vai aprimorar a gestão de processos e toda a cadeia de valores, alavancando a competitividade dos negócios em logística e para a indústria 4.0, com base em tecnologia e sustentabilidade.
Smart Chain City
“No ecossistema simbiótico próspero da região do Porto do Pecem, projetamos uma ‘Smart Chain City’ inovadora e sustentável para atender a demanda da logística e da indústria global, beneficiando-se da tecnologia blockchain, enquanto contribuímos para um impacto ecológico e social positivo, ” explica Di Ruocco.
A deterioração do ecossistema urbano por causa da mudança climática representa enorme ameaça. O objetivo do empreendimento é, portanto, que a Smart Chain City melhore a qualidade do ar, incentivando a mobilidade elétrica, e promova a produção de energia e a gestão da água por meio de sistemas que utilizam fontes renováveis, como fotovoltaica, solar térmica, geotérmica, eólica e água.
A proposta também prevê recorrer à utilização de materiais, produtos manufaturados e “sistemas passivos”, como ventilação natural, controle da radiação solar, vegetação e água, forma e disposição dos elementos urbanos, iluminação artificial e natural eficazes, isolamento e inércia térmica, absorção/emissividade das superfícies, propriedades ópticas e térmicas de superfícies transparentes e influência aerodinâmica entre os elementos urbanos, como exemplo de novos conceitos que serão empregados.
Por ser um projeto imobiliário de longo prazo e com vocação internacional, o Polo Multimodal escolheu um instrumento financeiro inovador e com alcance global, como o Security Token. Os Polo Security Tokens (PST) são valores mobiliários que representam direitos sobre o resultado econômico da empresa, assim como o direito a receber os dividendos, e que poderão ser negociados nas principais bolsas digitais, garantindo em qualquer momento a liquidez para o investidor que deseje movimentar o próprio investimento.
“Somos o primeiro empreendimento da América Latina a anunciar uma oferta de Security Token. No cenário mundial, o Security Token representa uma tendência global em forte crescimento nos mercados financeiros”, finaliza o CEO. No Brasil, ainda não há regulações claras para a oferta pública e ilimitada de tokens como o PST. Assim, optou-se por realizar a oferta via crowdfunding que, apesar de ser limitada, tem o potencial de inaugurar o mercado de tokens de investimento no Brasil e é totalmente regulado pela CVM.
O Polo Multimodal representa um dos primeiros asset backed token, com o valor inicial da ação digital lastreado nos 20 milhões de m² já de propriedade da empresa. A progressiva construção da Smart City sobre o terreno refletirá no preço do token nas bolsas, criando um significativo valor para os seus investidores.
