Randon atinge R$ 3,5 bilhões de receita no semestre

Crescimento

Empresas Randon registram bom desempenho apesar da não retomada da economia

Da redação 

“Apesar da rápida reversão da expectativa de um novo ciclo de crescimento brasileiro, que não se confirmou”, palavras do comunicado oficial, as Empresas Randon tiveram uma performance interessante no primeiro semestre.

Foram R$ 3,5 bilhões de receita alcançadas no período, um incremento de 27,6% sobre os mesmos meses de 2018. No segundo trimestre de 2019, a receita bruta total somou R$ 1,9 bilhão, 29,2% superior à obtida no mesmo período de 2018 (R$ 1,5 bilhão). A receita líquida consolidada somou, de janeiro a junho de 2019, R$ 2,4 bilhões, aumento de 25,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto no segundo trimestre deste ano somou R$ 1,3 bilhão contra R$ 1 bilhão no comparativo anterior.

“Estamos em um cenário de recomposição de preços, controle de custos e volumes crescentes de vendas de caminhões pesados e implementos rodoviários, o que demanda maiores volumes de autopeças das empresas controladas, especialmente freios e eixos e suspensões. Também tivemos recentemente a conclusão de projetos de expansão de capacidade com ganhos de produtividade, como a inauguração do centro de distribuição Randon Linhares e a constituição da Randon Triel-HT”, esclareceu Paulo Prignolato, CFO das Empresas Randon.

O lucro bruto consolidado do 2T19 atingiu R$ 347,2 milhões, 42,5% superior ao mesmo período do ano anterior (R$ 243,7 milhões). A margem bruta passou de 23,9% no 2T18 para 26,7% no 2T19. No semestre, o lucro bruto foi de R$ 616,1 milhões, com margem bruta de  25,3% (R$ 460,8 milhões e margem bruta de 23,7% no 1S18). O EBITDA consolidado somou no 2T19 R$ 203,7 milhões, aumento de 61,3% em relação ao valor obtido no mesmo trimestre de 2018 (R$ 126,3 milhões). A margem EBITDA passou de 12,4%, no 2T18, para 15,6%, no 2T19. No comparativo semestral, o EBITDA consolidado avançou 18,3%, e somou R$ 338,0 milhões no 1S19 (margem EBITDA de 13,9%).

Mercado externo

As exportações no segundo trimestre somaram US$ 45,8 milhões (+11,7%) e chegaram a US$ 86,2 milhões no semestre, ante US$ 77,8 milhões no 1S18. No segundo trimestre, as vendas de semirreboques para o mercado externo apresentaram crescimento de 5% no comparativo com o mesmo período de 2018. A evolução se deve principalmente à retomada das vendas para o continente africano. Embora a Randon mantenha seu market share em exportações acima dos 70%, o mercado externo tem dado sinais de desaceleração, principalmente em função dos preços das commodities, afetando o cobre (Chile e Peru) e grãos (Bolívia e Paraguai). Na Argentina, o cenário permanece complexo por questões políticas, potencializado por ser ano eleitoral. As controladas Master e Fras-le também apresentaram avanço nas exportações de 37,3% e 6%, respectivamente, devido ao aumento das vendas para México e Estados Unidos.

Veículos e implementos

O volume total de implementos rodoviários vendidos pela Companhia no 2T2019 (mercado interno, exportações e unidades no exterior) chegou a 6.957 unidades, segundo melhor trimestre da história para a Randon Implementos. Com a baixa atividade econômica ao longo do ano, já se observa uma desaceleração nas vendas de semirreboques em todos os segmentos, o que pode afetar a carteira de produção do 4T2019 e início de 2020, caso não haja uma retomada dos negócios nos próximos meses.

Vagões ferroviários

O mercado de vagões ferroviários está registrando um dos piores anos desde a privatização das ferrovias, nos anos 90. No 2T19, a Randon Implementos vendeu um vagão, contra 128 unidades no mesmo período do ano anterior (-99,2%). Os volumes de 2019 devem permanecer baixos, já que os clientes desse segmento sinalizam projetos para aquisição de novos lotes somente a partir do próximo ano, em grande parte condicionados à renovação das concessões ferroviárias. Caso a renovação seja postergada por mais tempo, o mercado ferroviário brasileiro deverá observar um período mais longo de baixa atividade.

Autopeças

A produção de caminhões no 2T19 ficou em 30.677 unidades, aumento de 22% em comparação ao 2T18. Os licenciamentos no mercado interno tiveram expansão maior, de 41,1% frente ao mesmo período do ano anterior (25.315 unidades no 2T19 contra 17.942 unidades no 2T18). A demanda das OEMs por autopeças, principalmente para a produção de caminhões pesados, beneficiou as empresas da Companhia que estão mais expostas a este segmento. Já no mercado de reposição, principal segmento de atuação da controlada Fras-le, os volumes de materiais de fricção apresentaram queda principalmente em função de um ambiente competitivo e acirrado no mercado das pastilhas para veículos leves.

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