BP Bunge Bioenergia chega para ser o segundo player em biocombustíveis no Brasil

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Bunge e BP formam a joint venture BP Bunge Bioenergia para produzir biocombustíveis no Brasil

Da redação

A Bunge, multinacional que atua nos segmentos de agronegócio, alimentos e ingredientes, vai formar uma joint venture com a BP (British Petroleum) para o surgimento de empresa que irá atuar no mercado de biocombustíveis no Brasil. A nova marca se chamará BP Bunge Bioenergia.

Para tanto, a Bunge receberá US$775 milhões, composto de US$ 700 milhões relativos às dívidas da companhia que serão absorvidas joint venture, além de US$ 75 milhões oriundos da BP. O montante será utilizado para amortizar o endividamento existente de acordo com as linhas de crédito da Companhia, resultando em um balanço patrimonial mais forte e maior flexibilidade financeira.

“Essa parceria com a BP representa um marco importante no processo de otimização de portfólio da Bunge, o qual nos permitirá reduzir nossa atual exposição ao negócio de açúcar e bioenergia, fortalecer nosso balanço patrimonial e focar em nossas principais atividades. Temos na BP um parceiro forte e comprometido, assim como flexibilidade no médio e longo prazos para monetização futura, com potencial de saída total via oferta pública inicial (IPO) ou outra rota estratégica”, disse Gregory A. Heckman, CEO global da Bunge.

A BP Bunge Bioenergia irá operar um total de 11 usinas localizadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil, que somam 32 milhões de toneladas de capacidade de moagem combinada por ano.

A joint venture terá a flexibilidade para produzir um mix de etanol e açúcar. Também gerará eletricidade renovável a partir de bagaço de cana-de-açúcar, por meio de suas unidades de cogeração, para sustentar todas as suas unidades e vender a eletricidade excedente à rede elétrica brasileira.

Os ativos da BP e da Bunge são complementares, estando presentes em cinco Estados brasileiros, incluindo três unidades na região-chave de São Paulo. A BP Bunge Bioenergia será o segundo maior player da indústria no Brasil em capacidade efetiva de moagem.

Para Dev Sanyal, chief executive da BP Alternative Energy, disse que os “biocombustíveis desempenham um papel fundamental na transição energética, e o Brasil é líder no desenvolvimento desse setor em escala. Este importante passo permitirá à BP aumentar significativamente a escala, a eficiência e a flexibilidade de nosso negócio em um dos mercados de biocombustíveis que mais crescem no mundo. Com um compromisso conjunto com a segurança e a sustentabilidade, unir nossos ativos e experiência possibilitará melhorar o desempenho, desenvolver opções de crescimento e gerar valor real. A BP Bunge Bioenergia estará bem posicionada para apoiar a crescente demanda do Brasil por biocombustíveis e bioeletricidade de baixo carbono.”

Entre os objetivos, a BP Bunge Bioenergia deverá proporcionar sinergias operacionais e financeiras, inclusive por meio de eficiências de escala e aplicação de melhores práticas, otimização de tecnologias e capacidades operacionais em todos os ativos do negócio.

A joint venture terá sede em São Paulo. Mario Lindenhayn, da BP, será o Executive Chairman e Geovane Consul, da Bunge, será o Chief Executive Officer (CEO). A BP e a Bunge terão igual representação no Conselho de Administração.

BP Bunge Bioenergia

  • Joint venture, com 50% de participação de cada empresa, dos negócios de produção de açúcar e bioenergia da BP e da Bunge no Brasil.
  • Valor total de US$775 milhões à Bunge oriundo da operação.
  • A joint venture operará independentemente; e no fechamento da operação, a Bunge não mais consolidará suas operações de açúcar e bioenergia no Brasil em suas demonstrações financeiras consolidadas. A Bunge contabilizará sua participação na joint venture segundo método da equivalência patrimonial.
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