ACISA mensura impacto do isolamento nas empresas

Acisa

Ninguém consegue ficar tranquilo com os efeitos danosos da pandemia

Da redação

Uma pesquisa online, aplicada pela ACISA (Associação Comercial e Industrial de Santo André) para conhecer os impactos econômicos da Covid-19, no período de 27 de abril a 8 de maio, contou com a participação de 138 empresas. Desse total, 68% atuam em Santo André; 12,3% em São Bernardo do Campo; 3,6% são de São Caetano do Sul, Mauá e São Paulo; 1,4% de Diadema e 6,3% de outras localidades fora do ABC.

Os resultados são relevantes. A pesquisa revelou que 73,2% dos empresários estão preocupados com a doença e 61,6% muito preocupados com a economia, mas o mais importante nisso é que 39% não conseguiram se adaptar a outras formas / plataformas tecnológicas para continuar com suas atividades econômicas.  Em relação às atividades, 69,6% das empresas ouvidas são prestadoras de serviços, 23,9% ligadas ao comércio e 6,5% à indústria. Quanto ao porte, 42% estão enquadradas como microempresa, 41,3% pequeno e 13,8%, médio porte.

A situação também é preocupante quanto à redução do faturamento, sendo que a maioria (46,4%) acredita que a recuperação levará mais de oito meses. Entre os entrevistados, 28% tiveram redução na ordem de 25 a 50% em seu faturamento; 27,5% de 50 a 75%; 22,5% a perda foi entre 75 e 100% e 21,7%  perderam até 25%.

Em relação às questões trabalhistas, 41,3% dos entrevistados afirmaram que não aplicaram a Medida Provisória 927, que dispõe sobre as medidas que podem ser adotadas pelos empregadores para preservação do posto de trabalho e da renda e para enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente da Covid-19. E, apesar dos impactos causados nas empresas, 59,4% não pretendem demitir funcionários e 53,6% ainda não optaram pelas alternativas de crédito disponibilizadas pelo Governo.

O resultado ainda indica grande dependência do Governo Federal, pois 47,8% esperam isenção de impostos e de taxas e não apenas suspensão. Quanto ao Governo Estadual, 35,5% anseiam pelo cancelamento ou flexibilização do isolamento social de forma gradual e 24,6% suspensão imediata, com os cuidados necessários para evitar a propagação da doença. Já em relação à atuação do governo municipal, 39,1% esperam deliberação de um plano estratégico para o retorno das atividades e 30,4%, suspensão imediata do isolamento social, com cuidados especiais e fiscalização eficaz.

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