por Gustavo Queiroz
A 7ª Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros foi apresentada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
O estudo busca esclarecer questões do tipo: “Quem são os caminhoneiros do Brasil?”, “Quais as dificuldades enfrentadas por eles no dia a dia de trabalho?”, “Quais os principais entraves e demandas da profissão?”.
Tais indagações visam conhecer melhor a rotina, os problemas e as reivindicações desses profissionais.
Este conhecimento permite a CNT alcance resultados mais efetivos em suas atividades.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro de 2018 com a participação de mais de mil caminhoneiros profissionais em todo o Brasil, sendo 714 autônomos e 352 contratados por frotistas.
Principais dados coletados
- A pesquisa da CNT mostra 99,5% desses profissionais são homens com média de idade de 44,8 anos.
- Esses profissionais ganham cerca de R$ 4.600 por mês e trabalham há 18,8 anos.
- A idade média dos caminhões utilizados por eles é de 15,2 anos.
- Entre os autônomos, 47% compraram os seus caminhões com a ajuda de financiamento.
- Do total, 87,7% utilizam a internet, e 42,6% procuram profissionais de saúde para prevenção.
- Chegam a rodar mais de 9 mil km por mês.
- Trabalham, em média, 11,5 horas por dia e 5,7 dias por semana.
- 62,9% desses profissionais consideram que a demanda pelos serviços reduziu em 2018.
- 65,1% consideram a profissão ser perigosa/insegura.
- 31,4% dizem que se trata de um ofício desgastante.
- 28,9% afirmam que o convívio familiar está comprometido.
- 37,1% dos caminhoneiros gostam de viajar e conhecer novas cidades e países.
- Para 31,3%, a possibilidade de conhecer pessoas é positiva.
- 27,5% gostam de possuir o horário flexível.
- 64,6% dos caminhoneiros entrevistados dizem que os assaltos e roubos são os maiores entraves da profissão.
- 7% dos motoristas entrevistados tiveram o caminhão roubado, pelo menos, uma vez nos últimos dois anos.
- 49,5% desses caminhoneiros já recusaram a viagem por conta do risco de roubo/assalto durante o trajeto.
- Preço do diesel surge como o segundo maior entrave vivenciado pelos motoristas (35,9%).
- Eles destacam como ameaças à profissão no futuro a baixa remuneração (50,4%), a baixa qualidade da infraestrutura (20,9%) e a ausência de qualificação profissional adequada (15,6%).
- A redução do preço do combustível é principal reivindicação dos caminhoneiros (51,3%).
- A segunda maior demanda é a necessidade de mais segurança nas rodovias (38,3%).
- 27,4% pedem financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos.
- 26,2% querem o aumento do valor do frete.
- Do total, 65,3% participaram da greve nacional dos caminhoneiros de maio 2018, sendo que destes, 64,4% foram informados sobre a greve via WhatsApp. 74,7% dos profissionais conheciam a pauta em questão, e 56% não ficaram satisfeitos com as conquistas da paralisação.
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