Brasil precisa investir R$ 1,7 trilhão em infraestrutura logística

Caminhao_no_trecho

por Gustavo Queiroz

​Os problemas de infraestrutura logística no Brasil são conhecidos. E, apesar de todos os desafios, podem ser superados justamente por serem conhecidos. A sexta edição do Plano CNT de Transporte e Logística mapeou 2.663 projetos prioritários para o desenvolvimento da infraestrutura nacional. O custo de todas essas intervenções foi orçado em R$ 1,7 trilhão.

Trata-se de um investimento alto, mas necessário para desenvolver o setor logístico no Brasil. Porém, não se trata somente de melhorar a fluidez do transporte de cargas no Brasil. Mas, sobretudo, de reduzir o chamado custo Brasil e acelerar o desenvolvimento econômico do nosso País através do aumento de investimentos, bem como na geração de emprego e renda, permitindo ainda o aumento da arrecadação da União e dos Estados.

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) aponta o valor de R$ 1,7 trilhão como sendo o investimento mínimo necessário para que o Brasil obtenha um sistema de transporte moderno e livre de problemas.

As intervenções, previstas nos projetos prioritários, contemplam todos os modais (aéreo, aquaviário, ferroviário e rodoviário) de cargas e de passageiros, incluindo a estrutura de terminais. Os projetos consideram demandas locais, estaduais e nacionais para o setor de transporte.

Também foram contemplados os projetos com base nas pesquisas e nos estudos elaborados pela CNT, propostas das suas afiliadas e programas de grande abrangência para o país, além de planos diretores ou de mobilidade de alguns municípios.

De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, o sucesso do planejamento no setor de transportes passa pela revisão permanente de projetos e pela priorização de investimentos. “Essa é a base de uma política de transportes voltada ao desenvolvimento. Com mais esse trabalho, a CNT contribui, de forma destacada, para a promoção de um novo cenário logístico, mais amplo, moderno, integrado e eficiente”, declara.

Os projetos foram estruturados em dois grupos: “Integração Nacional” e “Urbanos”. Dessa forma, a primeira área trata das intervenções necessárias para interligar regiões de grande demanda de passageiros, polos de produção e centros consumidores e de exportação. Por isso, foram divididos em nove eixos estruturantes e somam 2.343 intervenções, que representam a maior fatia da demanda: R$ 1,4 trilhão.

O grupo “Urbanos” atende, especialmente, ao transporte urbano ou metropolitano de passageiros, que compreendem a necessidade, mínima, de investimentos da ordem de R$ 291 bilhões para um total de 320 projetos prioritários para as 20 principais Regiões Metropolitanas e Regiões Integradas de Desenvolvimento do País. ​

Plano CNT de Transporte e Logística

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