Vacinas para melhorar a eficiência do transporte

Gustavo_Queiroz

por Gustavo Queiroz

Um dia desses, estava conversando com o meu amigo José Vanir Pereira, médico cirurgião experiente. Ele me fez a seguinte pergunta: “O que é o mais importante na medicina?”

Com pouca confiança, eu comecei a dar alguns palpites óbvios como “a tecnologia”, “pesquisa e desenvolvimento”, etc…

Ele me disse que o mais importante é a vacina. Porque vacina é prevenção. “Se há necessidade de tratamento médico ou de cirurgia é porque a medicina chegou atrasada”, disse.

De fato, hoje você pode tomar uma vacina e ficar imune a um determinado tipo de doença por um determinado período ou para o resto da sua vida. Apenas a título de curiosidade, o Programa Nacional de Imunizações disponibiliza 19 vacinas na rede do SUS.

Para doenças como o Câncer ou a Aids, por exemplo, ainda não existe uma vacina. Então, quem contrair uma doença como essas vai enfrentar um rigoroso tratamento. Ou seja, por melhores que sejam os atuais tratamentos e que sejam realizados pelos melhores médicos e os melhores hospitais, a ciência chegou atrasada. Ainda não existem vacinas para prevenir essas e outras diversas doenças.

O que isso tem a ver com transporte?

Muita coisa.

O futuro do transporte é exatamente assim. Toda a tecnologia deve prevenir a integridade das pessoas, seja na prevenção de acidentes, na prevenção dos riscos à saúde eliminando a emissão de poluentes da operação ou, até mesmo, na prevenção do uso de recursos naturais.

Mais do que isso, o desenvolvimento da inteligência artificial para a área de transportes deve evoluir para uma comunicação instantânea entre infraestrutura, veículos e pessoas, permitindo que os sistemas conversem entre si para a organização do transito urbano e rodoviário, tornando os modais de transportes e a infraestrutura mais seguras e eficientes.

Imagine uma situação normal de transito em que os motoristas determinam os pontos de origem e destino num GPS, que traça a orientação da rota em tempo real. Agora, imagine que todas as rotas de todos os transportes são compartilhadas em tempo real, anonimamente, e que o sistema pode identificar todas essas ações que irão interferir, diretamente, no seu trajeto.

Ou seja, a inteligência artificial para o transporte vai poder prever, com maior precisão, as condições de trafegabilidade ao longo de seu trajeto usando, como parâmetros, o comportamento dos demais veículos. Isso serve para todos os modais de cargas e de passageiros.

A tecnologia será capaz de organizar todos os fluxos, tornando as formas de transportes muito mais seguras e muito mais eficientes em termos logísticos.

Para tanto, a tecnologia do futuro deverá atender as necessidades individuais de cada veículo e deve ter a flexibilidade necessária para atender todas as possíveis variáveis do transporte em questão.

E, agora, a gente volta ao começo de tudo. Prevenção gera eficiência e segurança.

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